45º Carta - Os ciclos do Amor
Bem-vindos
ao blog e ao convite para ler as cartas de amor inspiradas nas
histórias que ouço todos os dias em meus atendimentos astrológicos, nos
encontros da vida, e em minhas próprias experiências. Para quem quer
saber mais sobre elas, veja o post da primeira carta no link:
http://ferzanini.blogspot.com.br/2015/10/as-cartas-de-amor.html
http://ferzanini.blogspot.com.br/2015/10/as-cartas-de-amor.html
45º Carta
– 10/11/15
Inspirada
nas contradições geradas pela eterna batalha entre dever e ser.
Que
ingenuidade a minha quando resolvi te escrever uma carta de amor por dia
durante um ano, justo eu que sou estudiosa dos ciclos negligenciei as fases do
Amor. Um dia para o Amor não é o mesmo que um dia para o Tempo, são entidades
diferentes, o primeiro tem liberdade de escolha, sistema métrico flexível, o
segundo tem como lei medidas fixas.
O meu
último dia de amor durou dez dias do tempo, isso não significa que não tenha te
escrito, escrevi de mil maneiras, com suspiros, soluços, dúvidas, ciúmes,
perdão, entrega, orações, sonhos dormidos e despertos. Te escrevi com saudades.
Nesses
dias tomei vários banhos com minhas lágrimas, não foram banhos de purificação,
mas banhos de milagres. Como diz a música: “cada mil lágrimas um milagre”! Tomei
também litros de chá de "não sei", isso me ajudou a apaziguar a alma, enquanto bordava
uma colcha de retalhos feitos de todos os tipos de porquês. Tenho me coberto
com ela todas as noites, enquanto aguardo as respostas vindas do mundo invisível.
Ontem sonhei com um urso que me lambia e protegia. Hoje encontrei pelas
calçadas vários buracos em forma de coração. Sim! As respostas vêm!
Ninguém
pode saber o que vai por trás dos nossos sorrisos, meu bem. Ninguém imagina que
ele esconde a falta, camufla a esperança e disfarça o receio do acostumar-se a
abrir mão de amar. Confesso que tenho muito medo de tudo que esse sorriso
guarda, tenho pavor de partir desse mundo sem ter sorvido até a última gota de
amor que a Vida oferece, por isso sigo sendo sua loucamente, ainda que solitária
em minha loucura. O Amor não depende de nós, como disse tantas vezes Ele se alimenta
de Si mesmo, a nossa escolha é de nos permitirmos ser queimados por seu fogo ou
não. De minha parte meu amado, só posso te dizer que já não sei o que em mim
sou eu ou que é chama, me tornei fogueira.
Volto a
te escrever quando o Amor me autorize.
Sua,
Eu
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