32º Carta - O Reflexo
Bem-vindos
ao blog e ao convite para ler as cartas de amor inspiradas nas
histórias que ouço todos os dias em meus atendimentos astrológicos, nos
encontros da vida, e em minhas próprias experiências. Para quem quer
saber mais sobre elas, veja o post da primeira carta no link:
http://ferzanini.blogspot.com.br/2015/10/as-cartas-de-amor.html
32º Carta
– 11/11/15
Inspirada
na necessidade de aprender a amadurecer.
Amor,
Gostou da
carta feita de silêncio que te mandei ontem? Tenho certeza que ela chegou até
você como uma brisa morna. Se sente em paz agora, meu amor?
Ter
ficado em silêncio me levou a um abismo, parei em seu limiar, sem saber se me
atirava ou não. Pensei que se estagnasse não aprenderia a voar, mas se me
atirasse talvez não conseguisse voltar à superfície. Por um bom tempo a dúvida
me manteve imóvel, e de repente num rompante me atirei, e a viagem até lá em
baixo foi suave, em câmera lenta, tinha uma certa umidade que me cercava e um
odor de lavanda no ar. Todo o medo se foi.
Enquanto eu
caia um filme passou diante de meus olhos, voltei até aquele lugar protegido
pelos Mestres onde nós nos vimos pela primeira vez, senti uma vontade de nunca
ter saído de lá. Depois vi passar diante de mim todas as mensagens de
amor que você me escreveu, elas me fizeram transbordar de gratidão. Logo em
seguida comecei a ouvir sua voz, que tem forma diferente da minha, ela me fez sorrir.
Senti muitas saudades de rir com você, seu humor me dá a permissão para ser
boba sempre que eu quiser, isso me fez mais leve, e flutuei até chegar ao fundo
do abismo. Para minha surpresa, caí dentro de mim mesma, numa câmara dentro de
meu próprio coração, ela era feita de espelhos. Foi difícil me ver por todos os
ângulos! Mas você estava sempre refletido atrás de mim, então pude te ver
também por todos os lados, e te amei em todos eles. E ao ver a sua imagem
consegui amar a minha. Ali eu descobri que não importa o eu, nem o você, só
importa o amor que faz com que o “seu você” me reflita em “meu eu”. Protejamos
esse amor do medo de abismos!
Meu bem,
não há “adeus”, só há “comdeus”. Te vejo por aí... em meu reflexo...
Sempre sua,
Eu
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