35º Carta - Como ser sem ser?

Bem-vindos ao blog e ao convite para ler as cartas de amor inspiradas nas histórias que ouço todos os dias em meus atendimentos astrológicos, nos encontros da vida, e em minhas próprias experiências. Para quem quer saber mais sobre elas, veja o post da primeira carta no link:   

http://ferzanini.blogspot.com.br/2015/10/as-cartas-de-amor.html




35º Carta – 16/11/15


Inspirada numa reunião que tive com meus defeitos, e no absurdo da morte do Rio Doce.

 
Amor, 
 

Roubaram a doçura do rio e estão tentando matar a liberdade. Tenho para mim que tudo isso acontece pela ignorância de crermos na separatividade, achamos que somos diferentes uns dos outros pelo dinheiro, poder ou crenças que possuímos. 
Essa separação também acontece dentro da gente, quando acreditamos que mente, corpo e coração estão separados e acabamos dando mais importância a um que a outro, a doçura pessoal se desintegra e a liberdade de sermos plenos é tolhida. Amor, as vezes me sinto tão separada, tão ignorante que me canso de ser eu. Você já sentiu isso? Hoje gostaria de ser um mar, uma música ou um fio de seus cabelos. Gostaria de por um momento não precisar, não julgar, não reter, não temer, não ficar, não ir, nem querer. Como mar poderia fluir ritmicamente e sentir cada ser que viesse se banhar em mim como um arrepio de contentamento. Como música poderia penetrar em milhares de ouvidos fazendo-os sentir uma cosquinha alegre. E como fio de seus cabelos, poderia sentir que pertenço. Como ser sem ser? Parece que chego perto da resposta quando toco em você, e quando você em mim se sente em seu lugar. Toda separação se dissolve.

Sabe, meu bem, não sei se sinto mais falta de você ou de mim.


Sempre sua,

Eu
 

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