27º Carta - Quando fomos anjos

Bem-vindos ao blog e ao convite para ler as cartas de amor inspiradas nas histórias que ouço todos os dias em meus atendimentos astrológicos, nos encontros da vida, e em minhas próprias experiências. Para quem quer saber mais sobre elas, veja o post da primeira carta no link:    
http://ferzanini.blogspot.com.br/2015/10/as-cartas-de-amor.html

27º Carta – 04/11/15

Inspirada na exposição "Contemplação e Vida", de Glauco Tavares, e também em um lindo e-mail que me foi enviado por Bruna Chahud.

Amor,

Contemplar a vida é o mais saboroso prazer, isso só é possível quanto se gosta muito de gente, e para gostar de gente temos que ser humanos. Eu pensei por muito tempo que só os anjos poderiam amar incondicionalmente, mas descobri que eles nos invejam, porque para amar incondicionalmente eles precisariam conhecer o amor humano em todos os seus meandros. É por isso que muitos deles entregam suas asas ao esquecimento e vem experimentar o mundo dos sentidos que não podem entender quando somente observam.
Gosto de pensar que já fomos anjos (isso explicaria os sonhos com voos), e que sem saber vivemos em nome da proteção do Amor. Gosto de imaginar que antes de entregarmos as asas prometemos que daríamos um jeito de nos encontrarmos, mesmo envoltos nas brumas da memória adormecida, e assim algo em nós despertaria a lembrança de estarmos vivendo um sonho. É por isso que muitas vezes esses encontros de alma, ou de anjos, trazem a “des – ilusão”, que ecoa em nós o pacto que firmamos... lembra!... lembra!... lembra!...
Sei que é uma forma romântica de ver a vida, mas porque não? Me dou permissão. Você veio para me devolver a lembrança de quem sou, e eu da mesma forma a você, e para te mostrar que te reconheço vou escrever seu nome em milhares de papeizinhos e pendurar em árvores pelo mundo, como se faz com as bandeirinhas tibetanas, para que o vento te faça voar por aí. Assim, te devolverei as asas simbolicamente, e meu amor chegará até você através de você mesmo. Afinal o amor se basta a si mesmo.
E agora vou dormir fazendo uma oração que chame os anjos que ainda tem asas para que nos protejam. Não!! Farei melhor, dormirei repetindo seu nome.
Que diferença há entre ter nos lábios uma oração ou o nome do ser amado? Os dois fazem os lábios sorrirem a paz, e a paz atrai os alados.

Eu sei meu amor, mais uma carta estilo Dalí! Lua vazia! É assim...

Seu anjo,

Eu
 

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